26 setembro 2007

Tipos e causas do aborto...

Os seguintes termos são usados para classificar as diversas espécies de aborto. Quanto à forma, pode classificar-se como:

Aborto espontâneo, também chamado involuntário ou casual: ocasionado por causas naturais, alheias à vontade humana.
Aborto provocado, também dito induzido, voluntário ou procurado, ou ainda, interrupção voluntária da gravidez: aborto efetuado deliberadamente. Inclui as seguintes hipóteses:
Aborto sentimental ou "honoris causa": quando a gravidez é conseqüente de estupro.
Aborto eugênico, eugenésico ou profiláctico: motivado por anomalias ou deficiências físicas do nascituro.
Aborto por motivos econômicos: quando os genitores não têm condições econômicas para manter a criança.
Aborto terapêutico: quando é o único meio para preservar a vida ou a saúde da gestante.
Aborto indireto: quando o aborto é o resultado indireto e secundário, ainda que previsível, mas não desejado, de um procedimento que, em si mesmo, não é abortivo.
Aborto retido: quando há inviabilidade do concepto, mas não a sua expulsão dentro de quatro semanas.
Quanto ao tempo de gestação, pode dizer-se:

Aborto subclínico: o abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação;
Aborto precoce: entre quatro e doze semanas;
Aborto tardio: após doze semanas.

Aborto espontâneo
O aborto espontâneo ou desmancho ocorre sem provocação externa e involuntariamente. O feto ou embrião pode já ser inviável ou morrer depois do aborto. Geralmente, embriões ou fetos com má-formações deixam de ter funções vitais antes do fim da gravidez e resultam num abortamento. Como na maioria das sociedades a procriação é classificada como um acto muito positivo a perda de um possível filho pode trazer problemas psicológicos para todos os envolvidos.

Causas
Anormalidades cromossômicas
As anomalias cromossômicas são as causas mais comuns de abortamento no primeiro trimestre da gestação, geralmente com a morte do ovo antecedendo a sua expulsão. Respondem por cerca de 50% dos abortamentos espontâneos, subclínicos ou clinicamente reconhecidos. As trissomias são observadas em aproximadamente 70% das oportunidades, as monossomias do par sexual em 15 a 25% e as poliploidias em cerca de 5% dos abortamentos motivados por cromossomopatias. As anormalidades autossômicas estruturais, como as deleções, os reagrupamentos, as inversões e as translocações, também evoluem, no mais das vezes, para o abortamento.

Etiologia mendeliana, poligênica e multifatorial
Em 30 a 50% das perdas fetais no primeiro trimestre não são demonstradas anormalidades genéticas. A maior parte destes abortamentos estão relacionados à alterações estruturais secundárias às anormalidades poligênicas. As anormalidades estruturais mais freqüentes são as translocações (5% dos abortamentos habituais), inversões, deleções e duplicações.

Infecções
Diversas infecções são aceitas atualmente como etiologia do abortamento. Os microorganismos e situações clínicas freqüentemente relacionados ao abortamento espontâneo são: rubéola, varíola, malária, Salmonella typhi, Citomegalovirus, Brucella, Toxoplasma, Mycoplasma hominis, Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum. A infecção transplacentária sem dúvida pode ocorrer com qualquer destes microorganismos e perdas fetais esporádicas podem ser causadas pelos mesmos, embora a comprovação histopatológica seja rara e o tratamento com antibióticos nem sempre seja efetivo.

Alterações anatômicas
Nesse grupo, os maiores responsáveis por interrupção precoce da gravidez são a incornpetência istmocervical, os miomas, as malformações uterinas e as sinéquias uterinas (síndrome de Asherman).

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