14 agosto 2008

Educação a Distância, Aprendizagem a Distância, Ensino a Distância




Hoje em dia essas expressões estão sendo usadas o tempo todo e, algumas vezes, abusadas -- às vezes em suas versões em inglês: "Distance Education", "Distance Learning", etc.

Já argumentei, em vários locais, que considero as duas primeiras expressões -- "Educação a Distância" e "Aprendizagem a Distância" -- totalmente inadequadas. A educação e a aprendizagem são processos que acontecem, de certo modo, dentro da pessoa -- não há como possam ser realizados a distância. Tanto a educação como a aprendizagem (com a qual a educação está conceitualmente vinculada) acontecem onde quer que esteja o indivíduo que está se educando ou aprendendo -- não há como fazer, nem sequer entender, "teleeducação" e "teleaprendizagem". (Vide adiante).

Ensinar a distância, porém, é perfeitamente possível e, hoje em dia, ocorre o tempo todo -- como, por exemplo, quando aprendemos através de um livro que foi escrito para nos ensinar alguma coisa, ou assistimos a um filme, um programa de televisão, ou um vídeo que foram feitos para nos ensinar alguma coisa, etc. A expressão "ensino a distância" faz perfeito sentido aqui porque quem está ensinando -- o "ensinante" -- está "espacialmente distante" (e também distante no tempo) de quem está aprendendo -- o "aprendente". (O termo "distância" foi originalmente cunhado para se referir ao espaço, mas pode igualmente bem ser aproveitado para se referir ao tempo).

Tradicionalmente, fazia-se ensino a distância através de cartas (as epístolas do Novo Testamento são didáticas, e, portanto, exemplos de ensino a distância) e de livros (especialmente depois que começaram a ser impressos) -- ou seja, com baixa tecnologia. Com as novas tecnologias eletro-eletrônicas, especialmente em sua versão digital, unidas às tecnologias de telecomunicação, agora também digitais, abre-se para o ensino a distância uma nova era, e o ensino passa a poder ser feito a distância em escala antes inimaginável e pode contar ainda com benefícios antes considerados impossíveis nessa modalidade de ensino: interatividade e até mesmo sincronicidade.

Por isso, ensino a distância certamente é (como sempre foi) uma forma de usar a tecnologia na promoção da educação. (Porque a educação e a aprendizagem, embora aconteçam dentro do indivíduo, e, portanto, não possam ser feitas a distância, podem, e devem, ser mediadas através dos contatos do indivíduo com o mundo que o cerca, em especial, através de seu contato com outras pessoas, seja esse contato "cara a cara" ou "remoto" ("virtual", no sentido de que não envolve a "contigüidade espaço-temporal" das duas pessoas).

02 junho 2008

Tecnologias na educação

Segue abaixo um artigo feito por José Manuel Moran que é especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância, publicado na revista Tecnologia Educacional.

Tecnologias na educação

As tecnologias de comunicação não mudam necessariamente a relação pedagógica. As Tecnologias tanto servem para reforçar uma visão conservadora, individualista como uma visão progressista. A pessoa autoritária utilizará o computador para reforçar ainda mais o seu controle sobre os outros. Por outro lado, uma mente aberta, interativa, participativa encontrará nas tecnologias ferramentas maravilhosas de ampliar a interação.

As tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções. A tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos, programas em CD. O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos. Depois, questiona alguns dos dados apresentados, contextualiza os resultados, os adapta à realidade dos alunos, questiona os dados apresentados. Transforma informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria -o conhecimento com ética.

As tecnologias permitem um novo encantamento na escola, ao abrir suas paredes e possibilitar que alunos conversem e pesquisem com outros alunos da mesma cidade, país ou do exterior, no seu próprio ritmo. O mesmo acontece com os professores. Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros alunos e divulgados instantaneamente na rede para quem quiser.Alunos e professores encontram inúmeras bibliotecas eletrônicas, revistas on line, com muitos textos, imagens e sons, que facilitam a tarefa de preparar as aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação. O professor pode estar mais próximo do aluno. Pode receber mensagens com dúvidas, pode passar informações complementares para determinados alunos. Pode adaptar a sua aula para o ritmo de cada aluno.Pode procurar ajuda em outros colegas sobre problemas que surgem, novos programas para a sua área de conhecimento. O processo de ensino-aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.

O re-encantamento, em fim, não reside principalmente nas tecnologias -cada vez mais sedutoras- mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças e que nos solicita a um consumismo devorador e pernicioso. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio. É frustrante, por outro lado, constatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias. O re-encantamento, em grande parte, vai depender de nós.

Bibliografia:
- GARDNER, Howard. As estruturas da mente. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1994.
- MORAN, José Manuel. Interferências dos Meios de Comunicação no nosso Conhecimento. INTERCOM Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, XVII (2):38-49, julho-dezembro 1994.
- NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
- POSTMAN, Neil. Tecnopólio; A rendição da cultura à tecnologia. São Paulo: Nobel, 1994.
-RECODER, Maria-José et alii. Informação Eletrônica e Novas Tecnologias. São Paulo: Summus, 1995.

28 outubro 2007

ENQUETE



Em que situação o aborto é aceito?

Quando acontece um estupro.

Quando a mãe ou o pai não querem o bebê.

Quando os pais não podem criar o bebê.

Quando a vida da mãe está em risco.

Você é totalmente contra o aborto.












15 outubro 2007

Depoimentos de meulheres que já fizeram aborto...

Fonte: http://mulher.terra.com.br

Andréa Silva Constantin, 26 anos.

"Já fiz dois abortos. Achava que nada ia acontecer e quase nunca tomava precauções na hora do sexo. Eu era apaixonada por um menino da escola, o Carlos, e, como sempre fui o patinho feio entre as amigas, fiquei deslumbrada quando ele quis ficar comigo. Fazia de tudo para ficarmos juntos e acabei engravidando. Quando soube da notícia, corri para a casa dele para contar e ver o que decidiríamos. Ele nem me atendeu. Chorei muito naquele dia e decidi tirar o bebê. Procurei uma clínica e fiz um aborto sem avisar ninguém. Como sempre trabalhei, dinheiro não foi problema. Fui e voltei sozinha da clínica e me sentia muito mal, culpada e suja. Fiquei um dia inteiro na cama sentindo dores, sangrando e chorando. Anos depois, ao reencontrar o Carlos, voltamos a ficar juntos e ele me pediu desculpas pela maneira como agiu. Disse que amigas em comum já tinham contado que eu estava grávida e que ele fugiu do problema. Ficamos juntos alguns meses e eu engravidei de novo. Tirei o bebê mais uma vez, na mesma clínica, sentindo o mesmo mal-estar e dores físicas e psicológicas. Desta vez, ele me ajudou a pagar. Sei que não tinha condições de criar o bebê e não me arrependo. Sinto dor por ter errado duas vezes."


Ana Pimenta (nome fictício), 29 anos, abortou aos 18 e 23 anos.

"Aos 21 anos fui morar em Londres. Assim que cheguei, conheci um muçulmano da Bósnia e fomos morar juntos porque estávamos namorando e seria bom dividir as despesas. Depois de alguns meses, engravidei. Conversamos sobre a possibilidade de ter um filho, mas ele foi criado em uma cultura muito diferente da minha e eu sabia que o nosso relacionamento não seria para sempre. Procurei um hospital e abortei, já que o aborto é legalizado por lá. Senti muita dor, chorei e me culpei pela situação de engravidar longe da minha família, estando ilegal em um país e de uma pessoa que me batia e estava muito distante de ser o que eu planejei para mim. Carrego a dor todos os dias comigo e nossa relação chegou ao fim um ano depois do aborto. Ele dizia que eu era culpada pela situação."

Carla Santos (nome fictício) tem 24 anos e abortou aos 22.

"Conheci meu ex-namorado e depois de três meses engravidei. Saber da notícia foi algo maravilhoso e apavorante ao mesmo tempo. Na mesma noite que fiquei sabendo, saí para conversar com um amigo e acabamos dançando felizes num clube noturno. Falamos sobre eu abortar e quais seriam as conseqüências. E também sobre eu assumir meu filho. Então decidi ter o bebê, até porque meu namorado assumiu a paternidade e fomos morar juntos. Depois que o meu filho completou três anos, nós nos separamos. Fiquei com o menino e o namorado saiu de casa, mas ainda tem contato com a criança (hoje com cinco anos) e assume seus deveres de pai. Abortar teria sido a pior decisão da minha vida. Graças a Deus, tenho o apoio da minha família."

26 setembro 2007

Tipos e causas do aborto...

Os seguintes termos são usados para classificar as diversas espécies de aborto. Quanto à forma, pode classificar-se como:

Aborto espontâneo, também chamado involuntário ou casual: ocasionado por causas naturais, alheias à vontade humana.
Aborto provocado, também dito induzido, voluntário ou procurado, ou ainda, interrupção voluntária da gravidez: aborto efetuado deliberadamente. Inclui as seguintes hipóteses:
Aborto sentimental ou "honoris causa": quando a gravidez é conseqüente de estupro.
Aborto eugênico, eugenésico ou profiláctico: motivado por anomalias ou deficiências físicas do nascituro.
Aborto por motivos econômicos: quando os genitores não têm condições econômicas para manter a criança.
Aborto terapêutico: quando é o único meio para preservar a vida ou a saúde da gestante.
Aborto indireto: quando o aborto é o resultado indireto e secundário, ainda que previsível, mas não desejado, de um procedimento que, em si mesmo, não é abortivo.
Aborto retido: quando há inviabilidade do concepto, mas não a sua expulsão dentro de quatro semanas.
Quanto ao tempo de gestação, pode dizer-se:

Aborto subclínico: o abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação;
Aborto precoce: entre quatro e doze semanas;
Aborto tardio: após doze semanas.

Aborto espontâneo
O aborto espontâneo ou desmancho ocorre sem provocação externa e involuntariamente. O feto ou embrião pode já ser inviável ou morrer depois do aborto. Geralmente, embriões ou fetos com má-formações deixam de ter funções vitais antes do fim da gravidez e resultam num abortamento. Como na maioria das sociedades a procriação é classificada como um acto muito positivo a perda de um possível filho pode trazer problemas psicológicos para todos os envolvidos.

Causas
Anormalidades cromossômicas
As anomalias cromossômicas são as causas mais comuns de abortamento no primeiro trimestre da gestação, geralmente com a morte do ovo antecedendo a sua expulsão. Respondem por cerca de 50% dos abortamentos espontâneos, subclínicos ou clinicamente reconhecidos. As trissomias são observadas em aproximadamente 70% das oportunidades, as monossomias do par sexual em 15 a 25% e as poliploidias em cerca de 5% dos abortamentos motivados por cromossomopatias. As anormalidades autossômicas estruturais, como as deleções, os reagrupamentos, as inversões e as translocações, também evoluem, no mais das vezes, para o abortamento.

Etiologia mendeliana, poligênica e multifatorial
Em 30 a 50% das perdas fetais no primeiro trimestre não são demonstradas anormalidades genéticas. A maior parte destes abortamentos estão relacionados à alterações estruturais secundárias às anormalidades poligênicas. As anormalidades estruturais mais freqüentes são as translocações (5% dos abortamentos habituais), inversões, deleções e duplicações.

Infecções
Diversas infecções são aceitas atualmente como etiologia do abortamento. Os microorganismos e situações clínicas freqüentemente relacionados ao abortamento espontâneo são: rubéola, varíola, malária, Salmonella typhi, Citomegalovirus, Brucella, Toxoplasma, Mycoplasma hominis, Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum. A infecção transplacentária sem dúvida pode ocorrer com qualquer destes microorganismos e perdas fetais esporádicas podem ser causadas pelos mesmos, embora a comprovação histopatológica seja rara e o tratamento com antibióticos nem sempre seja efetivo.

Alterações anatômicas
Nesse grupo, os maiores responsáveis por interrupção precoce da gravidez são a incornpetência istmocervical, os miomas, as malformações uterinas e as sinéquias uterinas (síndrome de Asherman).

Tipos e causas do aborto...

O que é o aborto?

A interrupção da gravidez (chamada por vezes de aborto ou abortamento) é a interrupção (espontânea ou provocada, sendo neste segundo caso identificada medicamente e legalmente como interrupção voluntária da gravidez - IVG) de uma gravidez antes do final do seu desenvolvimento normal, sendo que muitas pessoas o definem como a morte do embrião ou feto. O processo é também chamado aborto, embora, em termos científicos, esta palavra designe apenas o resultado da acção, isto é, o embrião ou feto expulso do ventre materno. A palavra provém do latim ab-ortus, ou seja, "privação do nascimento".

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só existe tecnicamente um aborto quando o peso do embrião ou feto ultrapasse quinhentos gramas. Este peso é atingido em torno de 20-22 semanas de gravidez. Observe-se que pode ter havido ou não a expulsão do produto da concepção do organismo materno, mas, havendo inviabilidade do produto da concepção nesta fase da gestação, houve um “abortamento”.

23 maio 2007

Estudo: 26 entre 41 países censuram a Internet



Quinta, 17 de maio de 2007, 14h12

Vinte e seis de um total de 41 países de diversas partes do mundo estudados bloqueiam ou filtram os conteúdos de Internet, segundo um relatório mundial publicado hoje pela aliança universitária OpenNet Initiative. "O estudo mostra que a censura na Internet está crescendo no mundo todo", diz John Palfrey, diretor-executivo do Centro Berkman da internet e professor de Direito na Universidade de Harvard (EUA).
"O filtro e a vigilância pela Internet podem erodir gravemente as liberdades civis e a privacidade e asfixiar as comunicações globais", acrescenta. Os autores citam entre os motivos principais para censurar informações a política (são filtradas ou bloqueadas informações dos grupos de oposição), normas sociais (também os conteúdos considerados ofensivos), e a segurança nacional (portais de grupos radicais ou separatistas).
Segundo o relatório, cada vez mais países aderem a essas práticas de censura, caracterizadas por uma sofisticação crescente. O Irã, a China e a Arábia Saudita não só filtram material de vários tipos, mas também bloqueiam inúmeros conteúdos.
A Coréia do Sul é um caso interessante pois quase não pratica a censura em geral, exceto quando se trata da Coréia do Norte, observa o relatório. Outros países que se dedicam substancialmente ao "filtro político" de informações na rede são a Birmânia, a Síria, a Tunísia e o Vietnã. Arábia Saudita e Iêmen também realizam muita censura relacionada a normas e hábitos sociais.
Birmânia, China, Irã, Paquistão e Coréia do Sul são os países pesquisados que mais bloqueiam as notícias relacionadas com a segurança nacional. Os alvos principais de seus governos são portais de extremistas, separatistas ou relacionados com disputas fronteiriças.
Por outro lado, não foi detectada censura à Internet em outros países, entre eles Venezuela, Nepal, Malásia, Zimbábue, Israel, Afeganistão e Egito, assim como a Cisjordânia e Gaza, em alguns dos quais os pesquisadores pensavam encontrar algum tipo de conteúdo filtrado.
A OpenNet Iniciative, autora do estudo, é fruto da colaboração das universidades inglesas de Cambridge e Oxford, a americana de Harvard e a canadense de Toronto.


Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1621286-EI4802,00.html

Mercado de computadores cresce 21% no 1º trimestre


O mercado brasileiro de computadores pessoais registrou no primeiro trimestre um crescimento de vendas de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Fonte:http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1633053-EI4803,00.html

18 abril 2007

ENQUETE



Você é a favor da legalização do aborto?

Sim

Não

Não sei. Há muito o que discutir sobre o assunto.